domingo, 30 de junho de 2013

'Tecnologia digital não pode substituir pedagogia', diz professor

Especialistas apontam para a necessidade de novas práticas de ensino que atendam as exigências da educação do século 21. Há aqueles que apostam nas tecnologias digitais como ferramentas indispensáveis capazes de endereçar essas demandas de ensino-aprendizagem. No entanto, outros estudiosos garantem que, ao mesmo tempo em que a chamada era digital democratiza a informação, ela também pode estar desprovida de objetivos formativos, colocando a informação apenas a serviço do mercado, da publicidade, do consumo.
Para o especialista em educação brasileira, José Carlos Libâneo, antes de propor qualquer adoção tecnológica em sala de aula, é preciso, primeiro, que os professores repensem como ajudar no desenvolvimento das capacidades intelectuais dos estudantes por meio dos conteúdos de suas disciplinas.
"Penso que as características de todo bom professor precisam ser identificadas a partir de sua base pedagógica. Não são as tecnologias digitais que as definem e nem apenas as demandas da escola do futuro", afirma ele, que é pós-doutor em Educação pela Universidad de Valladolid, da Espanha.
Libâneo aponta três características fundamentais para a prática docente: dominar a matéria que ensina, saber como ensinar os conteúdos e identificar as necessidades individuais de cada estudante. Essas condições, afirma, são importantes para atender às novas exigências educacionais, como: formar jovens com capacidade reflexiva, capazes de fundamentar e lidar criticamente com a informação e a produção própria de conteúdo utilizando a palavra, a imagem, o movimento, o hipertexto etc.
No caso da primeira característica, o domínio do conteúdo que o docente leciona é imprescindível para a formação dos alunos. "Para um professor ensinar matemática aos seus alunos, por exemplo, ele precisa, primeiramente, e como condição absoluta, dominar o conteúdo. Nada feito sem saber o conteúdo que ensinará. É sumamente desejável que tenha uma cultura geral, ou melhor, uma cultura interdisciplinar", diz.
Além disso, o educador também precisa saber como ensinar, mais especificamente, como pode ajudar o aluno a entender a lógica mental por trás dos conteúdos da disciplina. "Ele precisa identificar na matéria as capacidades intelectuais (conceitos, ações mentais) mais importantes a serem desenvolvidas e propor atividades e experiências que estimulem, envolvam e melhorem a aprendizagem ativa e a compreensão dos alunos", assegura.

Conhecer o aluno

Por fim, é preciso identificar quem é o estudante ao qual leciona, principalmente seus motivos, seus objetivos subjetivos, a relação que ele tem com a matéria trabalhada. "É preciso saber em que contexto sociocultural e institucional 'João' vive, como esse contexto influi na sua aprendizagem e como esse contexto pode ser modificado. Entre essas práticas socioculturais incluem-se o contexto familiar, as foras de organização e funcionamento da escola, mas também o contexto das TICs [Tecnologias da Informação e Comunicação]."
De acordo com Libâneo, só a partir dessas tarefas, consideradas "básicas", é que as tecnologias digitais podem desempenhar um papel mais assíduo na prática docente.
"Como pedagogo, posso afirmar que as TICs  atuam no âmbito psíquico dos estudantes, na sua relação com os objetos de conhecimento, nas formas de percepção, expressão e comunicação com os outros", diz. "São inúmeros os benefícios. Elas ajudam a modificar as formas de aprender dos estudantes, seja definindo novas interações com os conteúdos, colocando os estudantes nas redes sociais, intervindo nas relações na sala de aula, entre outros."
No entanto, ele pondera que é impossível aceitar que a escola trabalhe com o uso  ferramental das tecnologias ou a partir de um currículo fixado apenas nas habilidades dissociadas do seu conteúdo e significado.
"Elas [as tecnologias], dessa forma, praticamente não contribuem para o desenvolvimento das capacidades intelectuais e a formação da personalidade dos estudantes. É necessário o domínio da linguagem informacional, habilidade de articular as aulas com as mídias e multimídias, as lógicas e modos de lidar com o conhecimento das tecnologias", diz.
http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/05/23/tecnologia-digital-nao-pode-substituir-pedagogia-diz-professor.htm

Aplicativo para celular e tablet testa alunos para o Enem e vestibulares

A mania moderna de mexer no celular pode ser uma grande aliada para quem está às vésperas de prestar o vestibular. O ambiente tecnológico, cada dia mais inovador, também tem espaço garantido para a educação. Pensando nisso, a empresa mineira EI&T (Educação, Inovação e Tecnologia) desenvolveu um aplicativo, o AppProva, que une diversão e conhecimento em apenas alguns cliques.
A ferramenta, disponível gratuitamente para smartphones e tablets, é um jogo interativo, que apresenta um quiz de perguntas e respostas – são quase 10 mil questões baseadas no conteúdo das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e dos principais vestibulares do país.
"Os questionamentos sobre o uso da tecnologia como ferramenta de auxílio na educação bem como aqueles sobre a utilização de redes sociais pelos adolescentes nos instigavam a modelar uma solução que aproveitasse o grande tempo despendido nessas redes. Ao observarmos o comportamento das pessoas em diversos jogos sociais percebemos que a interação social se tornava mais importante do que gráficos ou enredos complexos. Por fim, havia a familiaridade com um problema de difícil solução enfrentado pelas instituições de ensino: identificar as falhas sistemáticas de uma 'safra' de alunos antes da realização do vestibular uma vez que, na maioria dos casos, essa era a única vez em que eles eram expostos aos seus concorrentes", falou João Guilherme Gallo, diretor executivo da EI&T, sobre a ideia de desenvolver o dispositivo.
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A parceria tecnologia e educação

Para Harley Sato, autor e professor do Sistema Anglo de Ensino de São Paulo, nos dias atuais, não dá para pensar em educação sem tecnologia. No entanto, Sato chama atenção para o fato de que é preciso ficar atento ao teor pedagógico dessas ferramentas, "do contrário, vira Playstation".
O professor Gilberto Alvarez Giusepone Jr., especialista em Enem e diretor do Cursinho da Poli (SP), também considera as inovações tecnológicas como grandes parceiras da educação, e avalia a funcionalidade do aplicativo que já conquistou a turminha geek.
"É uma boa ferramenta e, de fato, ajuda na preparação do aluno. O fato de ser um jogo lúdico também aumenta o interesse. Sempre recomendamos que o aluno se exercite, faça simulados e provas dos anos anteriores como dinâmica de estudo. Achei interessante o fato de aparecer uma tela orientando o aluno sobre o que estudar quando ele não acerta uma questão", falou Giusepone, que também deixou uma dica aso estudantes. "Os vestibulares mudam ao longo do tempo. É bom o aluno ir atrás de vestibulares com até cinco anos. O programa não informa o ano dos vestibulares", avaliou.
João Guilherme Gallo explicou como foi elaborado o quiz do AppProva:
"Cada questão foi analisada por uma equipe de professores que identificam os conteúdos, habilidades e competências necessárias para resolvê-la. Inicialmente foram selecionadas questões do Enem e, em seguida, buscou-se manter um equilíbrio na distribuição geográfica das fontes bem como no modelo de questões, mais conteudistas ou mais interpretativas e de raciocínio".
http://vestibular.uol.com.br/noticias/redacao/2013/05/29/aplicativo-para-celular-e-tablet-testa-alunos-para-o-enem-e-vestibulares.htm

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Mapas Conceituais



Mapas Conceituais são representações gráficas semelhantes a diagramas, que indicam relações entre conceitos ligados por palavras. Representam uma estrutura que vai desde os conceitos mais abrangentes até os menos inclusivos. São utilizados para auxiliar a ordenação e a sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno.
Esta abordagem dos mapas conceituais está embasada em uma teoria construtivista, entendendo que o indivíduo constrói seu conhecimento e significados a partir da sua predisposição para realizar esta construção. Servem como instrumentos para facilitar o aprendizado do conteúdo sistematizado em conteúdo significativo para o aprendiz.
Novak é considerado o criador dos mapas conceituais e refere ter usado este em várias pesquisas, contemplando as diversas áreas do conhecimento.
Utilização de Mapas Conceituais na Educação
        São utilizados para auxiliar a ordenação e a seqüenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno. Mapas Conceituais podem ser usados como um instrumento que se aplica a diversas áreas do ensino e da aprendizagem escolar, como  planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas em educação.
       A proposta de trabalho dos Mapas Conceituais está baseada na idéia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel que estabelece que a aprendizagem ocorre por assimilação de novos conceitos e proposições na estrutura cognitiva do aluno. Novas idéias e informações são aprendidos, na medida em que existem pontos de ancoragem.  Aprendizagem implica em modificações na estrutura cognitiva e não apenas  em acréscimos. Segundo esta teoria, os seguintes aspectos são relevantes para a aprendizagem significativa:
  •  As entradas para a aprendizagem são importantes.
  •  Materiais de aprendizagem deverão ser bem organizados.
  •  Novas idéias e conceitos devem ser "potencialmente significativos" para o aluno.
  •  Fixando novos conceitos nas já existentes estruturas cognitivas do aluno fará com que os novos conceitos sejam relembrados.
       Nesta perspectiva parte-se do pressuposto que o indivíduo constrói o seu conhecimento partindo da sua predisposição afetiva e seus acertos individuais. Estes mapas servem para tornar significativa a aprendizagem do aluno, que transforma o conhecimento sistematizado em conteúdo curricular, estabelecendo ligações deste novo conhecimento com os conceitos relevantes que ele já possui.
    Esta teoria da assimilação de Ausubel, como uma teoria cognitiva, procura explicar os mecanismos internos que ocorrem na mente dos seres humanos. A referida teoria dá ênfase à aprendizagem verbal, por ser esta predominante em sala de aula.
Incluídas na aprendizagem significativa estão a  aprendizagem por recepção e a  por descoberta. Podemos verificar isto através do mapa conceitual abaixo:

                                                                     
http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/
Mapas conceituais podem ser utilizados como:
Estratégia de estudo
Estratégia de apresentação de itens curriculares
Instrumento para a avaliação de aprendizagem escolar
Pesquisas educacionais
Como uma ferramenta de aprendizagem, o mapa conceitual é útil para o estudante, por exemplo, para:
  •      Fazer anotações
  •      Resolver problemas
  •      Planejar o estudo e/ou a redação de grandes relatórios
  •      Preparar-se para avaliações
  •      Identificar a integração dos tópicos

Para os professores, os mapas conceituais podem constituir-se em poderosos auxiliares nas suas tarefas rotineiras, tais como:
  • Tornar claro os conceitos difíceis, arranjandos em uma ordem sistemática
  • Auxiliar os professores a manterem-se mais atentos aos conceitos chaves e às relações entre eles
  • Auxiliar os professores a transferir uma imagem geral e clara dos tópicos e suas relações para seus estudantes
  • Reforçar a compreensão e aprendizagem por parte dos alunos
  • Permitir a visualização dos conceitos chave e resumir suas inter-relações
  • Verificar a aprendizagem e identificar conceitos mal compreendidos pelos alunos
  • Auxiliar os professores na avaliação do processo de ensino
  • Possibilitar aos professores avaliar o alcance dos objetivos pelos alunos através da identificação dos conceitos mal entendidos e dos que estão faltando

Segundo KAWASAKI (1996), é importante:
  •  Escolher o tema a ser abordado
  •  Definir o objetivo principal a ser perseguido
  •  Definir a apresentação dos tópicos, colocando-os numa seqüência hierarquizada com as interligações necessárias
  •  Dar conhecimento ao aluno do que se espera quanto ao que ele poderá ser capaz de realizar após a utilização do processo de aprendizagem
  •  Permitir sessões de feedback, de modo que ao aluno seja possível rever seus conceitos, e ao professor avaliar o instrumento utilizado, de modo a enfatizar sempre os pontos mais relevantes do assunto, mostrando onde houve erro e promovendo recursos de ajuda

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Resumo da aula em 06/05/13


Aprendemos que as TIC na educação:
Exige: Recursos (investimentos); Conhecimento técnico; Didática; Entendimento social.
Encontra barreiras de gestão (falsa concepção de usuário), infra de rede e equipamentos, professores habilitados e que queiram introduzir as TIC na aprendizagem dos alunos. Muitas vezes as TIC são entendidas como entretenimento, mas a proposta para as TIC na educação é que elas sejam usadas como ferramenta para facilitar o aprendizado do aluno.

Mapas Conceituais e o processo ensino aprendizagem
Foi observado a facilidade que os mapas conceituais nos possibilita no entendimento de conceitos.
O aprendizado através dos mapas conceituais requer:
Pesquisa- Investigação- Atualização- Tecnologia da Informação
Os mapas conceituais são mais uma ferramenta para levar os alunos a interpretar e refletir sobre o que lê.
Existem softwares que potencializam a construção de mapas conceituais como o Cmap Tools que possibilita a construção, o compartilhamento e o armazenamento de mapas conceituais.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Resumo da Primeira Aula


O que aconteceu?
 Aula inaugural, onde recebemos o plano de trabalho da disciplina. Os feras do 1º período de pedagogia foram devidamente apresentados e puderam expor suas expectativas. Além das apresentações foram indagados sobre a presença das tecnologias em suas vidas e na educação. Ahh...também fomos divididos em grupos para a apresentação do 1º seminário que ocorrera em maio.
 
O que aprendi?
Foi fortalecida em nossos conhecimentos a idéia de que as tecnologias estão ao nosso favor, no entanto precisamos aprender a explorá-la corretamente.
 
Para você, no seu cotidiano acadêmico como tem se utilizado das tecnologias e mídias?
Minimamente. Posso dizer que no meu cotidiano acadêmico utilizo apenas as ferramentas de busca na internet. Porém, sei que as tecnologias podem ser exploradas de formas mais amplas e são indispensáveis na realização de atividades acadêmicas.
O uso mínimo das tecnologias no âmbito escolar é desenfreado, pois muitas vezes não é incentivado por professores. Aceitam pesquisas da internet, mas não explicam a maneira correta de ser feita e não apresentam outras possibilidades tecnológicas para o que os alunos precisam em determinadas atividades. Portanto, dadas as informações, pode ser explicada a relação de falta de intimidade entre aluno X tecnologia para a sua praticidade e aprendizagem.